O Panorama da Informação para Sustentabilidade é mais uma ação de busca pelo entendimento sobre como os conceitos têm sido tratados em conjunto e sobre como a sustentabilidade depende da gestão da informação para ser compreendida e alcançada de fato. Assim, o levantamento das métricas (termo usado como sinônimo de índice e/ou indicador) e métodos de aferição da sustentabilidade (aqueles que pretendem qualificar o quanto um sistema pode ser sustentável ou se é ou não sustentável) é fundamental para se compreender em que estágio a ciência está e o quanto falta para termos medições seguras, que atestem de fato o grau de sustentabilidade das ações humanas. Para o levantamento dos índices e indicadores sobre sustentabilidade alguns critérios básicos foram definidos. O primeiro critério é que os termos “sustentabilidade” e “sustentável” devem aparecer no título. 

Então, esses dois termos foram utilizados de maneira combinada com os termos “índice” e “indicador”. O critério de presença dos termos sustentabilidade e sustentável nos títulos das métricas segue o princípio de que estas são dedicadas para este fim de maneira explícita, ou seja, são métricas que pretendem medir a sustentabilidade dos mais variados sistemas. Assim, é possível diferenciá-las de outras e melhorar a amostragem que, do contrário, retornaria muitos resultados não adequados ao propósito. Para um melhor entendimento sobre o propósito de índices e indicadores, em paralelo ao cuidado de diminuir potenciais vieses, buscou-se um conceito mais basal sobre o tema em questão. Para fins de medição da sustentabilidade ou do desenvolvimento sustentável, considerando sua complexidade “mínima” ao abarcar as três dimensões (ambiental, social e econômica) a ferramenta mais adequada seriam os índices. Um índice é fruto da agregação de dois ou mais indicadores, podendo ser de uma mesma dimensão ou não. O índice é a consequência de indicadores e dá indícios sobre uma realidade complexa ao agregar indicadores que se inter-relacionam para poder informar sobre o estado de um sistema frente a um gradiente possível de situações, no qual o topo ou a base são as situações desejadas. Isso quer dizer que quanto maior ou menor o valor de um índice, mais próximo ou distante da realidade desejada se encontra o sistema sob análise. A tabela 1 apresenta o resultado do levantamento dos índices.